Leia um Café e Tome uma Leitura: Cap.1: Como Desvendar o Seu Próprio Assassinato❄️📜

🌙 Como você está se sentindo hoje?

Leia um Café e Tome uma Leitura: Cap.1: Como Desvendar o Seu Próprio Assassinato❄️📜

Capítulo 1: O Diário Misterioso

(Da história criada por mim mesma: Lua)

O inverno sempre soube mais sobre Clara do que ela mesma.
A cidade de Vila Esperança congelava em sua costumeira monotonia — ruas silenciosas, árvores despidas, e um céu eternamente cinza. Mas, naquele ano, o frio parecia diferente. Mais íntimo. Mais interno. Como se houvesse deixado de vir do lado de fora.

Clara não percebia, mas já fazia tempo que estava desaparecendo.

Não de vista — de dentro.

Antes, ela orava. Sonhava. Acreditava que havia um sentido invisível por trás das coisas. Mas o tempo foi secando essas certezas, e a fé virou uma gaveta fechada que ela preferiu não abrir mais.

Na biblioteca da cidade, onde trabalhava, Clara encontrava refúgio — ou talvez fuga. Entre livros e poeira, podia fingir que não estava esperando nada. Nem por Deus. Nem por respostas. Nem por si mesma.

Foi numa tarde cinzenta, enquanto catalogava livros esquecidos por leitores que também já se esqueciam, que encontrou o diário.

Estava escondido entre as páginas de um romance policial da prateleira de mistérios. Um caderno pequeno, de couro envelhecido e cheiro de tempo. A capa era lisa — sem nome, sem título, sem dono.

Mas, ao abrir, a primeira frase cortou o silêncio como uma lâmina:

“Se eu morrer, não foi alguém que me matou. Foi o que deixei de sentir.”
— Isadora


Clara ficou paralisada.

Isadora. O nome ecoava como um segredo antigo. Aos poucos, ela se lembrou: uma bibliotecária que havia vivido ali, décadas atrás. Jovem, promissora, misteriosamente desaparecida. Todos falavam que foi assassinada. Mas nunca encontraram o corpo. Nunca encontraram nada.

Até agora.

As páginas estavam cheias de confissões estranhas — mas não de crimes. De ausências. Isadora descrevia o cansaço de fingir que estava bem. O silêncio que se instalou entre ela e Deus. O peso da fé abandonada aos poucos.

“Primeiro parei de orar. Depois parei de esperar. E, por fim, parei de sentir.
Ninguém percebe quando a alma morre. Só a gente sente o enterro.”

Clara sentiu algo se agitar dentro de si.

Ela lia não como quem descobre o passado de outra pessoa — mas como quem desenterra o próprio.

As coincidências eram absurdas. Isadora também era bibliotecária. Também tinha o hábito de escrever cartas para Deus que nunca enviava. Também se sentia sendo… observada.

“Não sei se alguém me segue, ou se é só minha consciência me olhando de longe, decepcionada.”


Clara fechou o diário, tonta. O ar parecia mais pesado. A luz da biblioteca piscou. Um som ecoou no corredor dos fundos — como um sussurro de papel sendo amassado. Mas ninguém estava lá.

Quando ela tentou guardar o diário, percebeu que algo havia mudado.

A capa agora tinha um nome.

Escrito em letras tortas, quase infantis:

“Diário de Isadora M”

- Isso estava aqui antes? Clara se perguntava.

E, logo abaixo, algo ainda mais perturbador:


Capítulo 1 de 10.
Você não deveria estar lendo isso, Clara.

Ela deixou o caderno cair.

Como aquilo sabia seu nome?

A resposta veio rápido — mais uma folha caiu do meio do diário. Não parecia ter sido escrita com tinta, mas com algo como vento congelado. A letra era de Isadora, mas parecia nova. Clara leu em voz baixa:

“Você acha que está viva, mas seu silêncio te contradiz.
Essa história não é sobre mim.
É sobre o que está morrendo dentro de você.”


O tempo parou.

A biblioteca congelou.

E Clara soube, com uma certeza que não sabia de onde vinha:
Ela estava lendo sua própria autópsia espiritual.

E o mais assustador?
O assassinato ainda estava em andamento.
 ✨ Capítulo 2: A Revelação… em breve.

Bom, por hoje é só meus leitores! Até a próxima.❤

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