Olhares que congelam❄️

🌙 Como você está se sentindo hoje?

Olhares que congelam❄️

 

Hoje, sou uma pessoa mais reclusa. Lugares cheios de gente me deixam ansiosa, especialmente quando meu porto seguro — meu namorado — não está por perto. Barulho me tensiona, e eu sinto que não consigo prestar atenção em nada. Parece que o mundo inteiro se move rápido demais, e eu só quero respirar devagar, sem ser observada.

Recentemente, passei por algo que me fez sentir pequena de um jeito que não consigo esquecer. Olhares pesados, julgamentos silenciosos, comentários que talvez nem fossem feitos para mim, mas que eu senti como lanças. Pessoas julgando meu jeito, minha roupa, meu cabelo, meu corpo… ou simplesmente porque decidi existir de uma forma que não agrada a todos. Aquilo me congelou por dentro. Minha autoestima, que já é baixa, extrema até, ficou ainda mais frágil. Uma crise de ansiedade tomou conta de mim, me deixando vulnerável, incapaz de me mover ou de me defender. E sabe o que é engraçado, é que eu estava em um lugar onde não devia ter julgamentos...

Não sei se foi impressão minha, mas parecia que todos os olhos estavam sobre mim, analisando cada gesto, cada olhar, cada respiração. Eu já estava mal mentalmente, e aquilo só piorou. Senti uma solidão profunda, mesmo estando cercada de gente. É incrível como algumas pessoas, sem perceber, conseguem carregar tanto preconceito e transformar um momento comum em algo doloroso.

Mas escrevo isso porque quero lembrar a mim mesma e a quem sente algo parecido: não é culpa sua. O problema nunca foi meu. O problema está na mente daquelas pessoas, nos preconceitos que carregam, na necessidade que sentem de julgar para se sentirem melhor. Eu não preciso ser como eles esperam. Eu não preciso justificar meu jeito de existir, minha aparência ou minhas escolhas.

Escrever sobre isso me ajuda a processar. Me lembra que minha vulnerabilidade não é fraqueza, e que sentir ansiedade diante de olhares frios não é vergonha. É humano. E talvez, se eu conseguir olhar para esses momentos com compaixão por mim mesma, eles percam parte do peso.

Mesmo quando o mundo parece cheio de olhares de gelo, ainda existe calor. Nos abraços que recebemos, nas palavras que nos confortam, nos momentos em que conseguimos rir de nós mesmos. Às vezes, nosso porto seguro não está fisicamente ao lado, mas está dentro da gente — quando respiramos fundo, nos lembramos de que estamos vivos e que merecemos cuidar de nós mesmos.

A vida vai sempre nos mostrar pessoas que julgam, que criticam, que olham com frieza. Mas também nos mostrará momentos de luz, de ternura, de aconchego. E é nesses momentos que precisamos investir nossa atenção, porque a vida é curta demais para ser vivida tentando agradar quem decidiu viver no gelo.

E, mesmo quando a ansiedade aparece, mesmo quando os olhares doem, ainda podemos encontrar pequenas felicidades. Um sorriso verdadeiro, um gesto de carinho, um instante de silêncio que aquece. Às vezes, só isso já basta para nos lembrar: não precisamos da aprovação de ninguém para existir plenamente.

Porque no fim das contas, os olhares de gelo refletem mais quem os lança do que quem os recebe. E a nossa força está em continuar, apesar deles, respirando, sentindo e escolhendo focar naquilo que nos aquece o coração.

Bom, por hoje é só meu leitores. Até a próxima❤

2 Comentários

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  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Exatamente 👏🏻👏🏻
    É aquela frase né
    "Nem Jesus agradou a todo mundo"
    E mesmo sendo bom, sendo justo, gentil ainda dispensaram ele.

    "Porque no fim das contas, os olhares de gelo refletem mais quem os lança do que quem os recebe"
    É mais sobre quem entrega do quem recebe.

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