Vale a pena me estressar por isso?
Tenho pensado muito sobre como a gente se perde em coisas pequenas.
Um comentário atravessado, uma demora no ônibus, uma mensagem visualizada e não respondida. Tudo vira motivo para um turbilhão aqui dentro. E no fim do dia, eu me pergunto: valeu a pena gastar minha energia com isso?
Talvez a gente precise criar um hábito novo: o hábito de se perguntar, antes de explodir, antes de remoer, antes de carregar o mundo nas costas — vale a pena me estressar por isso?
Na maioria das vezes, a resposta vai ser não.
Não vale perder o sono por algo que não vai importar amanhã.
Não vale arruinar o humor por uma coisa que não depende de você.
Não vale gastar energia com pessoas ou situações que não merecem tanto espaço dentro de você.
Eu sei, não é fácil. A gente sente, e quando sente, parece que não dá pra segurar. Mas respirar fundo, se afastar e repetir essa pergunta muda muita coisa. É como criar um filtro invisível: só o que realmente importa atravessa. O resto, a gente deixa passar.
E sabe o que acontece quando você começa a praticar isso? O mundo continua sendo o mesmo, mas dentro de você a vida fica mais leve. Porque o estresse não some, mas você aprende a escolher onde colocar sua força.
Talvez a verdadeira liberdade seja essa: decidir pelo que vale a pena se abalar — e deixar todo o resto ir embora.
E sabe o que é mais engraçado?
Essa pergunta simples — vale a pena me estressar por isso? — também conversa com outra que carrego comigo: Será que Jesus faria isso?
No fim, as duas me levam pro mesmo lugar: escolher com mais calma, mais consciência, mais amor.
Porque se não vale a pena, eu solto.
E se Jesus não faria, eu não preciso fazer.
É estranho como perguntas tão pequenas podem mudar tanto a forma de viver.
Mas talvez a leveza esteja justamente aí: em aprender a se perguntar antes de reagir.